História

Conheça a história da Câmara Municipal de Patrocínio

               

               A história da Câmara Municipal de Patrocínio confunde-se com a própria história do município. A maior prova disso é que em 1930 a cidade não tinha ainda a figura do Prefeito. Quem decidia os rumos do município era o Agente Executivo – como era chamado o Presidente da Câmara. Patrocínio tornou-se oficialmente município no dia 7 de abril de 1842 com a instalação da Vila de Nossa Senhora do Patrocínio. O capitão Francisco Martins Mundim foi o primeiro Presidente da Câmara de Vereadores e, conseqüentemente, o primeiro Chefe municipal - o Agente Executivo. Martins Mundim passou a morar no casarão do chamado Largo da Matriz, onde funcionou a Casa da Cultura.

             Esse prédio posteriormente abrigaria a própria Câmara (no segundo andar). No primeiro andar funcionaria a Prefeitura de Patrocínio até a década de 1970. Com a administração de Olímpio Garcia Brandão e a construção do complexo (Setor Administrativo - Centro Cívico Abdias Alves Nunes) que abriga hoje a Prefeitura, Câmara e Fórum, o prédio chegou a ser desativado. Posteriormente, passou a abrigar a Casa da Cultura (Odair de Oliveira). Os vereadores não recebiam para exercer o cargo – até meados dos anos 60 do século XX a função não era renumerada, no Brasil.

                 A rivalidade entre Patrocínio e Patos de Minas não é recente. Entre 1842 a 1868 Patos pertenceu a Patrocínio. Conta Eustáquio Amaral que Patrocínio não queria dar autonomia aos Patenses e a Câmara chegou a ser sitiada pelos “separatistas” comandados por um homem da família Maciel, de Patos. Houve inclusive um tiroteio no Largo do Rosário – atual Praça Honorato Borges. A autonomia de Patos de Minas foi conseguida em 1868.

                Foram Presidentes da Câmara Municipal de Patrocínio e Agentes Executivos: Francisco Martins Mundim (1842), Joaquim Pedro Barbosa (1876), José Fernandes da S. Botelho (1878), Marciano Hilário Ferreira Pires (1883), Antônio Silvestre de Novais (1886), Bernardo de Morais Bueno (1887), Vicente José Crispiano (1887), Virgílio Ferreira Pires (1889), Antônio Fernandes Botelho (1898), Jacob Marra (1899), José Feliciano (1901) Tobias Batista Machado (1901), José Martiniano de Souza (1905). Hermeto de Carvalho (1908), João Henrique de Castro (1908) Arthur Fernandes Botelho (1912), Quintiliano Alves de Souza (1913), Osório Afonso da Silva (1919), Abdias Campos (1923),Orlando Fernandes Barbosa (1928), João Alves do Nascimento (1928), João Pereira de Melo (1930) e João de Carvalho (1930).

                Segundo o professor Júlio César Rezende, “convém esclarecer que alguns deles (agentes executivos) exerceram o cargo por pouco tempo, não deixando de ser considerados ex-prefeitos. Muitos pouco ou nada realizaram dada a situação de penúria em que viviam os cofres municipais. Sabe-se de prefeitos que, no afã de conseguir obras para a cidade, gastaram recursos do próprio bolso, pois a Prefeitura não dispunha de verbas para cobrir as necessidades. Faz-se necessário lembrar que a participação das prefeituras no Imposto de Circulação de Mercadorias – ICM- só se deu a partir de 1967”.De 1930 em diante, Patrocínio passou a ser governada por prefeitos, nomeados ou eleitos. Houve a separação da Câmara da Prefeitura.